Método usa saliva para prever evolução do câncer de boca
O câncer de boca é diagnosticado em 300 mil pessoas no mundo por ano e mortes chegam a 145 mil
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com o Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), criou um método para prever, com o uso da saliva, a evolução do câncer de boca. A cada ano, 300 mil pessoas são diagnosticadas com esse tipo de câncer no mundo e as mortes chegam a 145 mil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Prognóstico viável
A odontologista do Icesp, Ana Carolina Prado Ribeiro, explica que, na maioria das vezes, os pacientes são diagnosticados tardiamente, cenário responsável pela diminuição de sobrevida e por tratamentos mais agressivos. A partir do método desenvolvido, foram identificadas proteínas presentes tanto nos tecidos cancerígenos coletados quanto na saliva. Dessa forma, é possível oferecer o prognóstico de evolução da doença por meio da amostra de saliva.
Tratamento personalizado
A leitura de proteínas específicas permite facilitar o diagnóstico e formular novos rumos de tratamento para os oncologistas. O estudo possibilita que médicos sejam capazes de analisar individualmente os casos de câncer e oferecer o tratamento mais adequado para cada paciente. O próximo passo do estudo é desenvolver um método menos invasivo, por meio de um kit com um biossensor, para ser usado no SUS e dar o resultado do exame de saliva na hora. A ideia é propor o processo a ser adotado em longo prazo.
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