Bactérias orais e endocardite: nova evidência reforça essa associação
Esta é uma conclusão há muito defendida pela comunidade científica: as patologias bucais podem ter um impacto direto na saúde e determinadas bactérias orais podem, inclusive, favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como a endocardite. Esta hipótese acaba de obter um reforço a partir de um novo estudo publicado pela Universidade de Bristol que evidenciou qual mecanismo molecular ocorre nos casos endocardite infeciosa, uma doença cardiovascular que se caracteriza pela presença de coágulos sanguíneos nas válvulas do coração.
O estudo agora publicado, que recorreu às tecnologias disponíveis no Diamond Light Source, um centro de investigação britânico, fez uso de um poderoso microscópio para conseguir visualizar a estrutura e as dinâmicas de uma proteína chamada CshA, que anteriormente já tinha sido relacionada com a capacidade de atingir a bactéria bucal Streptococcus gordonii nos tecidos cardíacos.
Mecanismo
Segundo os pesquisadores, esta proteína age como um grampo molecular que confere a esta bactéria bucal a capacidade de unir-se à superfície das células humanas, um passo considerado essencial para que esta bactéria torne-se um elemento causador de doenças. Esta descoberta poderá ajudar a criar novos fármacos para esta patologia.
Paul Race, professor na Escola de Bioquímica da Universidade de Bristol, acredita que “o que é particularmente interessante em relação a este trabalho é que abre novas possibilidades para projetar moléculas que inibam os passos de ‘apanhar’ e ‘prender’ neste processo, ou potencialmente os dois.”
O estudo pode ser lido neste link.
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