Ergonomia em Odontologia: Dicas simples para trabalhar sem dor
Ergonomia no trabalho do dentista
Devido ao alto índice de lesões e desconfortos, é importante que os dentistas estejam familiarizados com a ergonomia no âmbito da odontologia.
Dentistas e seus assistentes costumam permanecer em posições muitas das vezes inadequadas por longos períodos.
Também por hábito seguram pequenos instrumentos e executam movimentos precisos de braço e mão que pode lhes trazer prejuízos à saúde.
Há muitas coisas que os dentistas podem fazer para reduzir a chance de lesões.
Ergonomia em Odontologia: o que não se pode esquecer
Postura adequada
A ergonomia na odontologia começa com uma postura adequada. Isso significa manter o corpo em uma posição neutra o máximo possível. Os dentistas devem se manter eretos em vez de se inclinar sobre o paciente. É importante tentar trabalhar o mais próximo possível do paciente. Isso ajudará a reduzir a prática de estender demasiadamente ambos os braços.
Outros bons hábitos são manter os pés no chão e voltá-los em direção à cadeira. Ao ajustar a cadeira, é melhor mantê-la em uma altura que permita que as coxas se mantenham um pouco para baixo. Os óculos de lupa odontológica fornecerão ampliação para reduzir a necessidade dos dentistas de se inclinarem para frente ou para baixo ao buscar visualizar a boca do paciente. Importante também que o profissional se mantenha sentado ao atender o paciente, em vez de ficar em pé durante o procedimento.
Instrumentação
Ao segurar os instrumentos, certifique-se de não segurá-los fortemente demais. Isso é importante para evitar a fadiga muscular.
Instrumentos afiados facilitam o trabalho do dentista. Isso por que reduzem a quantidade de força que o dentista terá de empregar.
O uso de instrumentos com alças ou apertos mais volumosos ajuda a reduzir a tensão da mão e do braço. Empresas especializadas geralmente comercializam versões grossas e finas de espelhos, inserções ultrassônicas e instrumentos. Procure trabalhar com instrumentos leves em vez de pesados. Ao usar um instrumento, segure os pulsos em uma posição neutra, e tente fazer apenas pequenos movimentos.
Problemas com a mão e pulso
Uma causa predominante de distúrbios repetitivos da mão é a flexão constante em movimentos de extensão do pulso e dos dedos. Movimentos crônicos e repetitivos da mão e do pulso, especialmente com a mão na posição de ‘beliscar’, parecem ser os mais prejudiciais. Outros fatores comuns que colaboram com lesões nas mãos e pulsos incluem:
- Movimentos nos quais o pulso é desviado da postura neutra para uma posição anormal ou estranha, trabalhando por longo tempo sem repouso ou alternância de músculos da mão e do antebraço;
- Tensões mecânicas nos nervos digitais desde apertos sustentados até bordas afiadas nas alças do instrumento;
- Trabalho vigoroso e uso prolongado de instrumentos vibratórios.
Algumas das condições problemáticas da mão e do pulso são as seguintes:
- Tendinite/tenossinovite;
- Síndrome de Quervain;
- Dedo em gatilho;
- Síndrome do Túnel do Carpo;
- Síndrome de Guyon.
Posicionamento do paciente
Posicionar o paciente sentado numa posição adequada é importante para assegurar uma melhor ergonomia para o dentista.
Embora isso nem sempre seja possível, ajuda se o paciente se mantiver na posição de deitado na cadeira a maior parte do tempo.
Faça com que o paciente coloque sua cabeça mais ao nível do encosto de cabeça para ser mais fácil de alcançar a sua mandíbula.
Muitos dentistas sofrem de dor no pescoço, costas ou braços. Muitas vezes, eles acabam desenvolvendo a síndrome do túnel do carpo.
Seguindo esses passos simples para uma melhor ergonomia no exercício da odontologia, essas dores podem ser reduzidas ou mesmo evitadas.
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Fontes: Ergonomics in Dentistry, Operator Position, Patient Position and Chair Height in Dentistry
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