Alerta: doenças bucais atingem quase a metade da população mundial
Dentes podres, gengivas inchadas e câncer oral: quase metade da população mundial sofre de doenças bucais, assegurou a Organização Mundial da Saúde em novembro de 2022.
Um novo relatório destacou desigualdades flagrantes no acesso aos serviços de saúde bucal, em particular atingindo gravemente as populações mais vulneráveis e desfavorecidas.
“A saúde bucal tem sido negligenciada na saúde global”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que “muitas doenças bucais podem ser evitadas e tratadas com medidas econômicas”.
A agência de saúde da ONU verificou que 45% da população global, ou cerca de 3,5 bilhões de pessoas, lutam contra cáries, doenças gengivais e outras doenças bucais.
O relatório, a primeira imagem abrangente da situação em 194 países, constatou que os casos globais aumentaram em um bilhão nos últimos 30 anos.
A OMS afirma que esse fato é “uma indicação clara de que muitas pessoas não têm acesso à prevenção e tratamento de doenças bucais”.
As doenças mais comuns são cárie dentária, doença gengival grave, perda de dentes e câncer oral.
A cárie dentária não tratada é a condição mais comum, afetando cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Estima-se que a doença gengival grave, uma das principais causas de perda total de dentes, afete cerca de um bilhão de pessoas.
E aproximadamente 380.000 novos casos de câncer oral são diagnosticados a cada ano, informou a OMS.
Desigualdades flagrantes
Três quartos das pessoas que sofrem de doenças bucais vivem em países de média e baixa renda, segundo o relatório.
E em todos os países, pessoas de baixa renda, deficientes, idosos que vivem sozinhos ou em asilos, aqueles que vivem em comunidades remotas e rurais ou grupos minoritários estão entre as populações mais afetadas.
Esses padrões são os mesmos encontrados para outras doenças não transmissíveis, como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes, assegurou a OMS.
Os fatores de risco também são semelhantes, com alta ingestão de açúcar, uso de tabaco e abuso de álcool.
O relatório da OMS destaca as barreiras para a prestação de serviços de saúde bucal adequados, incluindo visitas ao dentista, que geralmente exigem altos gastos diretos.
Isso pode levar a “custos catastróficos e encargos financeiros significativos para famílias e comunidades”, alerta a OMS.
Ao mesmo tempo, a dependência de fornecedores altamente especializados e equipamentos de alta tecnologia tornam esses serviços inacessíveis para a grande maioria.
Informações e vigilância inadequadas também significam que muitas pessoas demoram demais para procurar ou receber tratamento adequado.
A OMS apresentou uma longa lista de propostas para enfrentar o problema, inclusive pedindo aos países que incluíssem serviços de saúde bucal em seus sistemas de atenção básica à saúde.
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Fontes: Almost half of us worldwide are neglecting oral healthcare: WHO report, Mouth diseases hit nearly half the world’s people: WHO, Nearly half of world population suffers from oral diseases – WHO