Epidemia de coronavírus – tudo o que você precisa saber
Muito tem se comentado nos últimos dias e semanas sobre a epidemia de coronavírus, o Covid-19 .
O Coronavírus compõe uma família de vírus causadores de infecções respiratórias.
Recebe esse nome de “ corona “, quando em 1965, ao ser observado em microscopia eletrônica, viu-se que aparência de uma coroa .
Assim como pacientes com outras doenças semelhantes à gripe, pacientes com coronavírus (covid-19) relatam sintomas leves a graves, como febre, tosse e falta de ar .
Tempo de incubação
Em média o tempo de incubação do coronavírus é de 5 a 7 dias após o contato inicial .
Há casos de períodos de incubação mais longos, de até 14 dias .
Há pessoas, no entanto, que não apresentam sintomas.
Período de transmissão
A transmissibilidade dos pacientes infectados por coronavírus (Covid-19) tem sido em média de 7 dias após o início dos sintomas .
Porém, dados preliminares do Covid-19 sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Esse é porém ainda um dado não totalmente esclarecido. Até o momento, não existem informações suficientes que possam garantir quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa contaminada passa a transmitir o Covid-19 .
Como o coronavírus se transmite
O contágio se dá a partir de pessoas infectadas.
A doença pode se espalhar desde que alguém esteja a menos de 2 metros de distância de uma pessoa com a doença.
A transmissão pode ocorrer por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro, que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado.
Infecção por Coronavírus – como se prevenir
Não existe até o momento medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.
As seguintes medidas de prevenção são recomendadas:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ;
- Na impossibilidade de lavar as mãos, usar desinfetante para as mãos à base de álcool 70 graus ;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas ;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes ;
- Ficar em casa quando estiver doente ;
- Usar um lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, e descartá-lo no lixo após o uso ;
- Não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal ;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência ;
- Manter ambientes bem ventilados e higienizar as mãos após tossir ou espirrar .
Uso de máscara para proteção
A máscara à princípio deve ser utilizada por quem apresenta sintomas da doença.
Sua função é prevenir que alguém infectado contamine outras pessoas.
O uso também é recomendado para pessoas que tenham contato com indivíduos com suspeita ou confirmação do novo coronavírus .
Máscaras também devem ser usadas por profissionais de saúde que atuem em locais com pacientes com suspeitas ou sintomas .
Após a utilização, a orientação é descartar a máscara em local adequado e lavar as mãos.
Posso ter coronavírus? Há possibilidade de existir uma imunidade natural a ele?
À princípio todos estão suscetíveis ao Coronavírus . Isso pelo fato de ser um vírus novo. Também não se tem certeza de que um indivíduo uma vez infectado e curado da doença adquira imunidade permanente ao Covid-19.
Características clínicas de uma infecção por coronavírus
Não existem características clínicas específicas de uma infecção por coronavírus que possam diferenciá-lo de outros vírus causadores de infecções respiratórias.
Os sintomas de uma infecção por coronavírus são comuns a outros vírus como influenza, parainfluenza, rinovírus, vírus sincicial respiratório e adenovírus.
Coronavírus – principais sintomas
Os sintomas principais do Covid-19 são febre, cansaço e tosse seca .
Parte dos pacientes pode apresentar dores, congestão nasal, coriza, tosse e diarreia .
Alguns pacientes podem ser assintomáticos , ou seja, estarem infectados pelo vírus, mas não apresentarem sintomas. Pacientes mais jovens são os mais passíveis de não apresentarem qualquer sinal da doença .
Qual a população mais vulnerável à infecção por coronavírus?
A OMS calcula que 1 em cada 6 pacientes pode ter um agravamento do quadro, com dificuldades respiratórias sérias. A população de maior risco é aquela da terceira idade . É também a população que por consequência mais gera preocupação diante da atual epidemia.
Como o dentista pode lidar com a epidemia de Coronavírus
A prevenção é e sempre será o melhor remédio para qualquer problema.
Na questão de como o dentista poderá lidar com o quadro atual de epidemia de Coronavírus, seguem algumas sugestões.
Inicialmente, o contato inicial com o paciente pode se dar pelo telefone. No caso de consultas já marcadas, recomenda-se uma triagem prévia.
Nesse contato inicial pode-se buscar obter informações sobre o estado de saúde do paciente e do seu possível contato com o vírus .
Sugestão de um questionário que pode ser utilizado nessa estratégia de abordagem
- Viajou para os países de risco nos últimos 14 dias?
- Tem ou teve febre nos últimos 14 dias?
- Tem ou teve algum problema respiratório, especialmente tosse, nos últimos 14 dias?
- Esteve em contato (não protegido) com um caso confirmado de Coronavírus?
- Nos últimos 14 dias, esteve em contato próximo com alguém que apresentava sintomas respiratórios agudos?
Se o paciente confirmar alguma das perguntas dessas perguntas, estiver infectado ou se for imunodeprimido, o dentista deverá desmarcar a consulta caso esta não seja urgente. E recomendar ao paciente uma nova data para sua realização.
Se, no entanto, se tratar de uma urgência , o dentista e sua equipe recomenda-se adotar as seguintes medidas de proteção no uso de EPI :
- Uso de touca e avental cirúrgico descartável;
- Uso de óculos de proteção;
- Uso de máscara do tipo N95. Para o caso de máscara cirúrgica recomenda-se duas, substituídas a cada 2 horas ou ao término de cada atendimento;
Sequência recomendada de colocação do equipamento de proteção individual (EPI)
- Higienizar as mãos. As mãos devem ser bem lavadas antes e depois do procedimento do paciente;
- Colocar o avental;
- Colocar a máscara;
- Colocar o óculos de proteção ocular;
- Colocar as luvas.
Caso não disponha do EPI adequado, ao dentista não se aconselha a realização da consulta de paciente com Covid-19 ou suspeita de Covid-19.
Cuidados extras para todos os pacientes em áreas de maior risco
- Retirar da sala de espera revistas, folhetos e outros objetos que possam ser manuseados por várias pessoas ;
- Gerenciar as marcações de consulta de forma a evitar ter vários pacientes ao mesmo tempo na sala de espera. Preferencialmente, não ter mais de duas pessoas ao mesmo tempo nesse espaço ;
- Informar os pacientes sobre as medidas de segurança. Em especial a de manter uma distância de cerca de 1,5 m;
- O paciente deve lavar as mãos antes de entrar no consultório. Também não deve entrar com as peças de roupa que serão retiradas .
- Antes da consulta o paciente deve bochechar com uma solução de água oxigenada a 1% por 30 segundos ou com 0,2-0,3% de clorexidina .
Higiene do espaço
A higiene do espaço também deve ser cuidada, pelo que todas as superfícies de trabalho e o ambiente devem ser imediatamente limpos e desinfetados. Pode ser utilizada, por exemplo, uma solução de hipoclorito de sódio de 1000 ppm de cloro ativo . Tal solução pode ser encomendada em farmácias de manipulação.
O vírus são inativados após cinco minutos de contato com desinfetantes normais, como a água sanitária doméstica.
As normas universais de desinfeção e esterilização devem ser minuciosamente seguidas, algo sempre importante a destacar.
Fontes: Ministério da Saúde , Portal MS , Agência Brasil , OMS , Saúde Oral
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