Vem aí: μbreath – diagnostica doenças pela análise do hálito do paciente
Até o momento, diagnósticos do gás exalado pela boca tem sido muito caros para a maioria dos consultórios devido à necessidade de instrumentos extremamente sensíveis para a detecção de gases de baixa concentração no hálito humano. Cientistas da Universidade de Ulm desenvolveram um método novo de custo-benefício, μbreath, que pode mensurar diversos traços de gases simultaneamente em volumes pequenos de amostras. No futuro, o método deles pode possibilitar o diagnóstico rápido de várias doenças—em alguns casos, mesmo antes delas terem se manifestado.
“O metabolismo do corpo é refletido nos compósitos presentes no hálito exalado. Na base de minúsculas moléculas, que são alteradas quimicamente ou modificadas na presença ou concentração no caso de doenças físicas, não somente doenças pulmonares, mas também do fígado, rins e mesmos o câncer de mama pode ser diagnosticado em estágios—mais ou menos—iniciais”, explicou o Prof. Boris Mizaikoff, diretor do Institute of Analytical and Bioanalytical Chemistry da universidade onde o aparelho foi desenvolvido, sobre o mecanismo do μbreath.
Análise por espectroscopia de infravermelho
Com o objetivo de analisar as composições do hálito, o ar exalado pelo paciente é bombeado em um tubo de onda ótica e analisado com espectroscopia infravermelho. Nessa mistura, uma frequência ajustável de feixe à laser detecta impressões moleculares de biomarcadores específicos de doenças que pode possibilitar conclusões à respeito do estágio da doença, assim como o progresso do tratamento, disse o cientista.
“Já fomos capazes de demonstrar em um rato que é possível monitorar constantemente a função do rim com um analisador μbreath conectado a um ventilador pulmonar”, disse Mizaikoff. Entretanto, como mudanças no gás exalado pela boca podem também não ter causas patológicas devido à dieta, por exemplo, o μbreath deve ser combinado com um método analítico ortogonal em diagnóstico médicos por enquanto, declarou ele.
O método analítico, primeiramente apresentado à comunidade científica três anos atrás na revista Analytical Chemistry, foi recentemente premiada em uma competição (Royal Society of Chemistry’s Emerging Technologies Competition) na categoria saúde e bem-estar.
O método, que está sendo refinado atualmente sob a liderança de Mizaikoff no projeto Advanced Photonic Sensor Materials, tem perspectivas promissoras de aplicação versátil, não apenas em diagnósticos médicos, mas também na análise ambiental, destacou o cientista. O interesse da indústria tem sido alto e o grupo já recebeu diversas solicitações a respeito de sua análise sobre o gás exalado pela boca.
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